sexta-feira, maio 04, 2007

Entrevista

1. O que o levou a escolher essa profissão?

A arqueologia para mim sempre foi uma paixão desde criança, claro que no inicio eu misturava muito com a paleontologia (estudo dos dinossauros) ou mesmo antropologia (estudo do homem). Mas logo que descobri do que se tratava, ou seja, o estudo da cultura material, eu decidi que esta era a coisa que eu melhor sabia fazer no mundo.

2. Qual foi o tipo de faculdade que o senhor cursou e como foi o curso?

Eu cursei a faculdade de licenciatura em historia, o mestrado em gestão do patrimônio cultural, e atualmente estou cursando o doutorado em antropologia nos EUA. A graduação em história foi na faculdade particular FAPA, o curso foi ótimo onde adquiri uma base bem ampla em ciências sociais. Desde o inicio minha intenção sempre foi trabalhar com arqueologia e todos os trabalhos que realizei na graduação foram neste sentido, no mesmo período fui estagiário no Museu J.J. Felizardo da prefeitura de Porto Alegre minha cidade natal. O curso de mestrado foi na Universidade Católica de Goiás, com concentração na área de arqueologia, lá desenvolvi minha dissertação sobre o patrimônio arqueológico histórico brasileiro e cursei matérias tanto voltadas para arqueologia como antropologia. Ao mesmo tempo em que trabalhava no IGPA em resgate de sítios arqueológicos impactados por grandes empreendimentos. Hoje estou cursando doutorado na University of Florida, com minha tese sobre um sitio arqueológico do final do Séc. XIX. O curso além de fornecer uma formação em PhD ou seja, um doutorado nos quatro campos da antropologia americana: Antropologia Cultural, Arqueologia, Lingüística e Antropologia Biológica; também proporciona o contato com inúmeros profissionais, alunos e professores, de todas as partes do mundo.

3. O que o motiva a ser um arqueólogo?

Sem duvida e o caráter investigativo da ciência arqueológica, a possibilidade de descobrir coisas novas e relacionar inúmeras outras para entender o que aconteceu ou acontece com uma sociedade em um determinado lugar ou tempo.

4. Como funciona o trabalho de um arqueólogo brasileiro?

A arqueologia em geral e dividida em dois períodos: o pré-histórico e o histórico. No caso do Brasil esta distinção ocorre pelo tipo de sítios arqueológicos encontrados no território nacional. Os pré-históricos são: os sítios de caçadores-coletores, os sambaquis, e as aldeias dos grupos ceramistas; todos relacionados à ocupação dos indígenas pré-históricos desde “atualmente” 12.000 anos. Os históricos são os sítios arqueológicos decorrentes da ocupação européia do continente, e em combinação ou não com os Africanos e Indígenas depois de 1.500 DC.

5. Qual seria uma estimativa do salário de um arqueólogo e o que o senhor acha dele?

Um arqueólogo formado no Brasil geralmente ganha tanto quanto um professor do nível superior, claro que existem níveis abaixo (estagiários) e acima (coordenadores). Mas a media do salário corresponde diretamente com a formação, nível de experiência, e dificuldade do trabalho.

*entrevistado por Júlio Cezar da Silva Froes

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