quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Icones na Arqueologia


alguns anos atrás estávamos iniciando um trabalho em Brasília, para o resgate arqueológico de uns sítios de ocupação pré-histórica na região de Taguatinga, quando encontrei o que para mim é um dos grandes ícones da arqueologia brasileira. Um arqueólogo gaúcho que percorreu o pais inteiro desde a década de 1970 trabalhando em uma imensa quantidade de sítios arqueológicos. O maior momento deste encontro foi quando embarcamos no carro para visitar o sítio e no meio da viagem ele perguntou: Você é arqueólogo? Eu mais que depressa respondi: Sou sim. Mas tal foi minha surpresa quando ele continuou: Que bom, pois eu sou só um aprendiz...

O que eu quero dizer contudo isto? Primeiro que concordo que os ícones podem ser criados, e no caso de um Indiana Jones ou da Lara Croft não são nada mais que isto. Porém eu acho que certos ícones não podem ser reforçados (pirâmides na Amazônia ou fenícios no Brasil) pois eles não contribuem para a arqueologia, mas ao contrario banalizam e ate mesmo ridicularizam o que é um trabalho serio. Mas isto é natural em qualquer profissão (de secretaria a proctologista), e no caso da arqueologia um pouco mais já que: primeiro muitas vezes não é reconhecida como ciência, mas interpretada como hobbie ou como somente técnica; segundo é difícil de ser levada a sério pois não tem uma aplicação pratica direta de seus resultados (como uma engenharia ou medicina) e em terceiro (e para mim a melhor explicação) a arqueologia não e completamente visível, ou seja 90% do seu objeto de estudo esta sempre enterrado e esta e a maior dificuldade em divulgar qualquer coisa...
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